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sexta-feira, 21 de junho de 2013

PM é suspeito de ser intermediário na morte de advogado em Natal

Sargento da polícia se apresentou à Delegacia de Homicídios nesta sexta.
Advogado Antônio Carlos foi morto no dia 9 de maio em Natal.


Advogado Antônio Carlos foi morto no dia 9 de maio
(Foto: Fred Carvalho)
Um sargento da Polícia Militar foi preso nesta sexta-feira (21) suspeito de envolvimento na morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, assassinado no dia 9 de maio dentro do banheiro de um bar no bairro Nazaré, emNatal. A informação foi confirmada pelo delegado adjunto da Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom), Roberto Andrade. Além dele, já estão presos três suspeitos de participação no crime.

O delegado explica que o PM "indicou" o executor do advogado Antônio Carlos. "O sargento atuou como intermediário entre o mandante e o executor. Ele está entre os dois", afirma Roberto Andrade. Um mandado de prisão da 3ª Vara Criminal foi expedido contra o policial, que depois de intimado se apresentou na companhia de um advogado a Delegacia Especializada de Homicídios.

De acordo com Andrade, o sargento nega participação no crime. O suspeito está preso na Companhia de Guarda da Polícia Militar, na zona Norte de Natal. A prisão temporária tem efeito por 30 dias, segundo detalhou o delegado adjunto da Dehom.

Já estavam presos por envolvimento no crime o comerciante Expedido José dos Santos, preso no último dia 29 de maio; um pedreiro identificado como 'Irmão Marcos', preso enquanto trabalhava em uma obra no interior de Minas Gerais; e Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido como 'Luquinha', que confessou ter matado o advogado.
Investigação
O primeiro a confirmar a participação do pedreiro no crime foi o comerciante Expedido José dos Santos, preso no último dia 29. Expedito admitiu ser o dono do carro, mas continua negando ter qualquer envolvimento com a morte do advogado. Ele disse, em depoimento, que Irmão Marcos pegou seu carro emprestado e usou para dar fuga ao assassino. Ao G1, Expedito contou a mesma história e disse que ficou sabendo que seu automóvel havia sido usado num crime quando recebeu o carro de volta. Assustado, ele pegou a família e fugiu para Fortaleza, onde foi preso. No Ceará, ele também admite ter queimado o carro. Para a polícia, no entanto, o comerciante também estava no veículo e foi o mandante do homicídio – motivado, segundo a polícia, por vingança.

O segundo a confirmar a participação de Irmão Marcos no crime é um homem que confessa ser o próprio assassino. Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido como 'Luquinha', foi apresentado na quinta-feira passada durante coletiva de imprensa. Ao G1, ele admitiu o crime e afirmou que matou o advogado a mando de Expedito para se vingar de Antônio Carlos, que teria mandado derrubar o muro de um terreno que o comerciante diz ter comprado em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital potiguar. Luquinha foi preso em um lava-jato no bairro Barro Vermelho.

Preso na cidade de Ipanema, em Minas Gerais, o ‘Irmão Marcos’ estaria na Doblò de cor prata usada na noite do crime. Ele, inclusive, foi citado por dois suspeitos já presos por também terem participado do assassinato.

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