À esquerda, câncer no colo do útero; à direita, HPV (Foto: Divulgação)
O câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente nas mulheres, atrás apenas do câncer de mama e é a quarta causa de morte entre a população feminina no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram 17.540 casos da doença só no ano passado. Por ano, a doença faz cerca de 4.800 vítimas fatais e apresenta aproximadamente 18.500 novos casos.
Também conhecido como câncer cervical, na maioria dos casos, a doença evolui lentamente e atinge mulheres acima dos 25 anos. Seu principal agente é o papilomavírus humano (HPV), que pode infectar também os homens e estar associado ao surgimento do câncer de pênis.
Segundo a Dra. Carla Ismael, médica oncologista que faz parte do corpo clínico do Centro de Terapia Oncológica (CTO) de Petrópolis e presidente da Sociedade Franco Brasileira de Oncologia, com exames preventivos é possível diagnosticar mais cedo a doença e obter maior possibilidade de cura. ”Fazendo o exame ginecológico, colhendo células do colo uterino, é possível verificar as alterações das células que podem desencadear o câncer. Esse exame preventivo é o Papanicolau, por isso a necessidade de sua realização periódica”.
Dentre os principais sintomas estão: sangramento, saída de líquido cor de carne e dor na região da pelve. Antes, as mulheres mais acometidas pela doença estavam na faixa etária dos 50 anos, mas atualmente houve uma diminuição da idade, aparecendo em mulheres mais jovens, com cerca de 25 a 30 anos.
A infecção pelo vírus HPV, que é transmitida sexualmente, é a principal causa do câncer de colo uterino - “A vacina para proteção contra o HPV deve ser feita na menina antes do início da vida sexual. É importante ressaltar que o câncer de colo de útero e curável, e se conscientizar da necessidade de ir ao ginecologista ou ao posto de saúde anualmente para o exame preventivo, Papanicolau”, alerta a médica.
A vacinação é recomendada para meninas ainda na infância, em três doses, antes do início da atividade sexual. No entanto, como ainda não há vacinas contra todos os subtipos do vírus, que são muitos, mulheres já vacinadas devem continuar fazendo o exame preventivo de rastreamento, o Papanicolau, que é oferecido também pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde.
Por-revistaon
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