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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Desafio do gelo atrai brasileiros, mas doações ainda perdem de longe para os EUA

 Bonner tirou o terno para tomar banho de gelo Foto: Reprodução de internet

U m balde de água fria, literalmente. Apesar da causa nobre, em prol de angariar verbas para instituições que tratam da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), o “desafio do gelo” parece não ter, ainda, esquentado além da brincadeira no Brasil. Depois de tomar conta da internet e atrair dezenas de famosos, o jogo até representou um aumento nas doações feitas a organizações ligadas à doença, mas a comparação com os Estados Unidos, onde tudo começou, mostra uma diferença gigantesca: algo em torno de 35.000%.
Desde o início da campanha em solo americano, há pouco mais de três semanas, a ALS Associaton (entidade dos EUA sobre a ELA) recebeu US$ 31,5 milhões em doações (cerca de R$ 71 milhões). Destes, US$ 19 milhões (R$ 43 milhões) foram arrecadados de domingo — quando o desafio chegou ao Brasil, após divulgação de Luciano Huck — à noite de ontem. No mesmo período, as três principais instituições do gênero Brasil estimam ter recebido, ao todo, cerca de R$ 120 mil.
 Galvão Bueno adere à brincadeira Foto: Reprodução de internet
— Pra mim, está muito bacana. No ano passado inteiro, ganhamos R$ 10 mil em doação. Só nestes dias, chegou a R$ 80 mil — diz Andreza Kuhlmann, diretora da Associação Pró-cura da ELA, ponderando:
— Os americanos têm a cultura de doar difundida. Além disso, foi crescendo com os empresários de tecnologia (Mark Zuckerberg, do Facebook, foi o primeiro). Vai saber quanto deu Bill Gates, um dos maiores doadores do mundo?
Ontem, quando aumentaram as críticas no estilo “muita brincadeira, pouco dinheiro”, várias celebridades que aderiram ao banho de água gelada apressaram-se em mostrar comprovantes de suas transferências. Alguns, preferiram apenas doar — resgatando, inclusive, a origem do desafio.
 Luciano Huck foi o primeiro famoso a fazer o desafio Foto: Reprodução de internet
“Acredito que seja essa a brincadeira. Contribuir para que tenham condições de descobrir mais sobre a ELA”, escreveu a atriz Paolla Oliveira no Instagram, escapando de um puxão de orelha.
— Tem artista que sabe da causa, outros só estão participando da farra. É um risco que precisamos correr — confessa Silvia Tortorella, diretora executiva do Instituto Paulo Gontijo.
No início, o “desafio do gelo” consistia no seguinte: quem não topasse o banho frio, doava 100 dólares para a ALS Association. Aos poucos, sobretudo com a adesão de famosos, mesmo quem aceitava se molhar passou a repassar o dinheiro.
A Esclerose Lateral Amiotrófica ocasiona lesões na medula espinhal, levando a uma atrofia muscular. A doença não tem cura e costuma causar a morte em, no máximo, cinco anos. Só no Facebook já foram postados 2,4 milhões de vídeos em todo o mundo.
extra.globo

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