STF rejeita recursos sobre mensalão e bate-boca encerra sessãoApós a rejeição de vários embargos, Barbosa e Lewandowski discutem e presidente encerra sessão

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O segundo dia de análise dos embargos dos réus condenados no processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) teve como destaque o bate-boca entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, que ocupam a presidência e vice-presidência da Corte.
Assim como a véspera, o STF foi derrubando um a um os recursos dos réus, até chegar a vez de decidir sobre o embargo apresentado pelo ex-deputado bispo Rodrigues. O ex-deputado foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva a 6 anos e 3 meses de prisão mais pagamento de multa de R$ 696 mil.

Para Lewandowski, a pena não deve ser aplicada com base na lei 10.763, de 2003, que trata sobre crimes de corrupção, uma vez que Rodrigues teria cometido o crime em 2002. A lei anterior a 2003 é mais branda. Barbosa acusou Lewandowski de manobras protelatórias, já que o tema foi dirimido em 2012.

“Para que servem os embargos?”, questionou Lewandowski. “Não é para arrependimentos, ministro”, rebateu Barbosa, lembrando que a votação foi unânime. Em seguida, o presidente do STF afirmou que o ministro fazia “chicana”, termo jurídico que se refere a espécie de trapaça. “Vossa excelência está acusando um ministro de estar fazendo chicana? Peço que o senhor se retrate agora”, retrucou Lewandowski. Barbosa disse que não se retrataria.

Em meio ao bate-boca, Barbosa decidiu encerrar a sessão. A discussão se arrastou até à sala de lanches.


Antes do bate-boca, foram rejeitados os embargos apresentados pelo delator do mensalão Roberto Jefferson, pelo ex-deputado federal Romeu Queiroz e pela ex-diretora financeira da SMP&B Simone Vasconcelos. Na véspera, foram rejeitados os recursos de Emerson Palmieri (ex-secretário do PTB); do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), Jacinto Lamas (ex-tesoureiro do PL, atual PR) e de José Borba (ex-deputado pelo PMDB). (das agências)

Frases

Os vereadores Carlos Mesquita e João Alfredo trocaram xingamentos na Câmara e, falando ao O POVO, continuaram a contenda

“Ele não tá lutando pela sustentação do meio ambiente, e sim ela sustentação do mandato dele”

Carlos Mesquita (PMDB)

“Não vou responder a essa baixaria. Ele não tem qualificação nenhuma”.


João Alfredo (PSol)