
Em telefonema, Joe Biden convidou uma comissão brasileira para esclarecer programa de monitoramento
Washington. Quase duas semanas depois de reveladas acusações de espionagem de seu país em milhões de telefonemas e e-mails no Brasil, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou no início da noite de ontem para a presidente Dilma Rousseff (PT) para dar explicações sobre o caso. Ele "lamentou" o fato e declarou estar disposto a receber brasileiros para esclarecer informações.
Durante conversa com a mandatária brasileira, o vice-presidente norte-americano tentou amenizar a tensão entre os dois países e reiterou o convite para que Dilma visite os Estados Unidos FOTO: REUTERS
Biden telefonou para Dilma às 19h e, segundo a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, deu informações gerais sobre o ocorrido e convidou uma delegação brasileira para ir a Washington nos próximos dias para ouvir mais detalhes, tanto do ponto de vista técnico, quanto no aspecto político.
A presidente expressou "grande preocupação" pelo que houve, "com a violação da privacidade de brasileiros e de instituições de Estado brasileiras" e disse a ele que espera esclarecimentos. Para Dilma, o caso foi além do governo brasileiro; gerou constrangimentos para a sociedade.
Dilma disse que aguarda esclarecimentos e mudanças na política norte-americana, para não haver risco de violação de privacidade. Desde a semana passada, a presidente tem cobrado publicamente explicações "técnicas" da parte do outro país.
"Em nome da segurança, não se pode infringir a privacidade do cidadão, dos brasileiros, e até a soberania de um país", disse a presidente, segundo o Planalto.
A comitiva que irá aos EUA deverá ser composta por integrantes dos ministérios envolvidos na apuração do caso no Brasil. A presidente deverá enviar representantes dos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, da Defesa, das Comunicações e do Gabinete de Segurança Institucional. Não há ainda definição sobre datas nem sobre quem integrará a delegação.
Biden reiterou convite dos EUA para que Dilma visite o país em outubro. A viagem está confirmada para o dia 23.
Retorno de Snowden
Os Estados Unidos reiteraram junto à Venezuela que o ex-técnico da inteligência americano Edward Snowden, a quem Caracas ofereceu asilo, deve enfrentar a justiça de seu país.
Em um telefonema, o secretário de Estado americano, John Kerry, conversou com o ministro chanceler venezuelano, Elías Jaua, sobre o fato de Snowden alvo de acusações criminais sérias voltar aos EUA para enfrentá-las, caso venha a ficar sob jurisdição venezuelana.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é um dos dirigentes que mais defendeu Snowden e, em 5 de julho, ofereceu asilo a ele de forma oficial, assim como a Nicarágua e a Bolívia.
Ontem, dois senadores norte-americanos pediram ao presidente Barack Obama, para sugerir uma mudança de lugar para a cúpula do G-20 em São Petersburgo em setembro, se a Rússia não entregar Snowden.
O republicano Lindsey Graham, que já sugeriu um boicote olímpico, e o democrata Charles Schumer apresentaram uma resolução pedindo a Moscou para entregar Snowden aos Estados Unidos, e cobrando Washington a tomar medidas se Moscou não o fizer.
Mais cedo o porta-voz do presidente russo Vladimir Putin disse que o mandatário tem assuntos mais importantes para tratar do que o destino de Snowden.
"Você já viu a agenda do presidente? Há assuntos mais importantes do que Snowden, como o desenvolvimento da região de Sakhalin (Extremo Oriente), a região de Chita (Sibéria Oriental)", disse Dmitri Peskov.
O presidente Putin procurou na quarta-feira acalmar os ânimos quanto ao futuro do ex-agente dos EUA, garantindo privilegiar as boas relações com o governo norte-americano.
Biden telefonou para Dilma às 19h e, segundo a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, deu informações gerais sobre o ocorrido e convidou uma delegação brasileira para ir a Washington nos próximos dias para ouvir mais detalhes, tanto do ponto de vista técnico, quanto no aspecto político.
A presidente expressou "grande preocupação" pelo que houve, "com a violação da privacidade de brasileiros e de instituições de Estado brasileiras" e disse a ele que espera esclarecimentos. Para Dilma, o caso foi além do governo brasileiro; gerou constrangimentos para a sociedade.
Dilma disse que aguarda esclarecimentos e mudanças na política norte-americana, para não haver risco de violação de privacidade. Desde a semana passada, a presidente tem cobrado publicamente explicações "técnicas" da parte do outro país.
"Em nome da segurança, não se pode infringir a privacidade do cidadão, dos brasileiros, e até a soberania de um país", disse a presidente, segundo o Planalto.
A comitiva que irá aos EUA deverá ser composta por integrantes dos ministérios envolvidos na apuração do caso no Brasil. A presidente deverá enviar representantes dos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, da Defesa, das Comunicações e do Gabinete de Segurança Institucional. Não há ainda definição sobre datas nem sobre quem integrará a delegação.
Biden reiterou convite dos EUA para que Dilma visite o país em outubro. A viagem está confirmada para o dia 23.
Retorno de Snowden
Os Estados Unidos reiteraram junto à Venezuela que o ex-técnico da inteligência americano Edward Snowden, a quem Caracas ofereceu asilo, deve enfrentar a justiça de seu país.
Em um telefonema, o secretário de Estado americano, John Kerry, conversou com o ministro chanceler venezuelano, Elías Jaua, sobre o fato de Snowden alvo de acusações criminais sérias voltar aos EUA para enfrentá-las, caso venha a ficar sob jurisdição venezuelana.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é um dos dirigentes que mais defendeu Snowden e, em 5 de julho, ofereceu asilo a ele de forma oficial, assim como a Nicarágua e a Bolívia.
Ontem, dois senadores norte-americanos pediram ao presidente Barack Obama, para sugerir uma mudança de lugar para a cúpula do G-20 em São Petersburgo em setembro, se a Rússia não entregar Snowden.
O republicano Lindsey Graham, que já sugeriu um boicote olímpico, e o democrata Charles Schumer apresentaram uma resolução pedindo a Moscou para entregar Snowden aos Estados Unidos, e cobrando Washington a tomar medidas se Moscou não o fizer.
Mais cedo o porta-voz do presidente russo Vladimir Putin disse que o mandatário tem assuntos mais importantes para tratar do que o destino de Snowden.
"Você já viu a agenda do presidente? Há assuntos mais importantes do que Snowden, como o desenvolvimento da região de Sakhalin (Extremo Oriente), a região de Chita (Sibéria Oriental)", disse Dmitri Peskov.
O presidente Putin procurou na quarta-feira acalmar os ânimos quanto ao futuro do ex-agente dos EUA, garantindo privilegiar as boas relações com o governo norte-americano.
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