No classico "O Pequeno Principe", Saint Exupery narra entre as aventuras do encantador menino, seu encontro com um administrador que vive sozinho em um pequeno asteróide. Durante a conversa, o solitário habitante descreve ao jovem protagonista como é grande sua riqueza, composta por todas as estrelas que podem ser avistadas à partir daquele pequeno astro onde mora. Sua rotin
a consiste em conta-las, todos os dias, e sua glória é gabar-se dos milhões - de estrelas - que possui.
É inevitavel usar a lúdica passagem do livro como alegoria para a vida que muitos de nós insistimos viver. Uma vida que consiste em percorrer o caminho que for necessário para acumular também estrelas, representadas por cifrões e números, que muitas vezes passam toda uma existência habitando somente telas de computadores ou páginas de extratos bancários. De nada servem senão como armas na inglória batalha de vaidades da qual temos tanta dificuldade em escapar. Tão inúteis como as estrelas do belo conto o são para aquele que diariamente as conta.
Certa vez ouvi de um amigo que mais rico não é aquele que mais tem, e sim quem mais gasta. De tom irresponsável e até certo ponto fanfarrão, a frase enseja uma valiosa lição. Nos faz refletir sobre qual é para nós o conceito de riqueza. Seria o dinheiro em si, ou aquilo que ele, como meio, é capaz de comprar? Afinal, pouco se pode fazer com um milhão de reais. Digo, com o dinheiro propriamente dito. Já com o que podemos trocar por esta quantia pode-se fazer muito. O valor da riqueza só aparece se, e quando, a troca é feita. Antes disso é apenas uma idéia.
Do mesmo modo, nascemos todos com uma riqueza ainda maior do que os cifrões ou estrelas há pouco mencionados. Trata-se do tempo que dispomos. Tempo que é tambem a soma de milhões de momentos e possibilidades. Mas que só se transforma em verdadeira riqueza quando é usado, gasto. Senão é apenas ideia. Aquele que tem oitenta anos pode ter muito mais vida pela frente do que o jovem de dezoito. Basta para isso não poupar oportunidades e usa-lo, o tempo, de forma plena. Diferente da moeda corrente que pode ser trocada por muita coisa, o tempo pode ser trocado por tudo. É a maior das riquezas, e a mais democraticamente distribuida. É triste ver como muitos optam por, assim como o doente personagem do conto, contar minutos e horas e inertes contentarem-se em apenas ver o mundo girar.
Eduardo Moreira - Autor de Encantadores de Vidas
É inevitavel usar a lúdica passagem do livro como alegoria para a vida que muitos de nós insistimos viver. Uma vida que consiste em percorrer o caminho que for necessário para acumular também estrelas, representadas por cifrões e números, que muitas vezes passam toda uma existência habitando somente telas de computadores ou páginas de extratos bancários. De nada servem senão como armas na inglória batalha de vaidades da qual temos tanta dificuldade em escapar. Tão inúteis como as estrelas do belo conto o são para aquele que diariamente as conta.
Certa vez ouvi de um amigo que mais rico não é aquele que mais tem, e sim quem mais gasta. De tom irresponsável e até certo ponto fanfarrão, a frase enseja uma valiosa lição. Nos faz refletir sobre qual é para nós o conceito de riqueza. Seria o dinheiro em si, ou aquilo que ele, como meio, é capaz de comprar? Afinal, pouco se pode fazer com um milhão de reais. Digo, com o dinheiro propriamente dito. Já com o que podemos trocar por esta quantia pode-se fazer muito. O valor da riqueza só aparece se, e quando, a troca é feita. Antes disso é apenas uma idéia.
Do mesmo modo, nascemos todos com uma riqueza ainda maior do que os cifrões ou estrelas há pouco mencionados. Trata-se do tempo que dispomos. Tempo que é tambem a soma de milhões de momentos e possibilidades. Mas que só se transforma em verdadeira riqueza quando é usado, gasto. Senão é apenas ideia. Aquele que tem oitenta anos pode ter muito mais vida pela frente do que o jovem de dezoito. Basta para isso não poupar oportunidades e usa-lo, o tempo, de forma plena. Diferente da moeda corrente que pode ser trocada por muita coisa, o tempo pode ser trocado por tudo. É a maior das riquezas, e a mais democraticamente distribuida. É triste ver como muitos optam por, assim como o doente personagem do conto, contar minutos e horas e inertes contentarem-se em apenas ver o mundo girar.
Eduardo Moreira - Autor de Encantadores de Vidas
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